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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




sábado, 6 de setembro de 2014

Árvore da Padiola

Padiola é um estrado ou maca, improvisada de tábuas com varais para se carregar à guisa de andor (*). Nas roças era usado para transportar cadáveres amortalhados até a entrada da cidade ou da vila próxima, em cuja entrada era baixada e o morto descido a um caixão para assim entrar na zona urbana ou núcleo populacional. A padiola era jogada fora no mato. 

Em São Gonçalo do Amarante, distrito são-joanense, ainda existe uma velha árvore de óleo-vermelho na saída para o Caxambu, conhecida comoÁrvore da Padiola”, pois à sua sombra, outrora, mudavam o cadáver para o caixão e descartavam a padiola. 

Árvore da Padiola, na estrada Caburu-Caxambu.
Distrito de São Gonçalo do Amarante (São João del-Rei/MG). 



* Obs.: na construção civil é também usada para carregar material de obra, por dois trabalhadores. Banguê. No Nordeste do país e área norte mineira o costume dos enterros rurais adotava sobretudo a rede trespassada a um pau para carregar o defunto, em vez da padiola. 
** Texto: Ulisses Passarelli
*** Foto: Iago C.S. Passarelli, 09/10/2011.

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