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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Leitão ensebado

A algumas décadas a criançada tinha uns brinquedos diferentes que hoje não se pode imaginar. A simplicidade os distanciavam por completo das lúdicas modernas. Um deles, muito tradicional, era para crianças mas acabava atraindo alguns adultos também. 

O brinquedo do leitão ensebado já está quase desaparecido. Surgia em diversas ocasiões, sobretudo nas festas juninas, nos povoados e arrabaldes das cidades. 

Num cercado a propósito, naturalmente enlameado por dentro, para maior dificuldade, soltavam um porquinho, devidamente untado de sebo de boi, derretido. Os candidatos pulavam o tapume e tinham tantas... chances de pegar o escorregadio bacorinho, que com grande esperteza e muitos grunhidos, driblava a pessoa, que não raro caía se sujando toda, em meio a assuada dos circunstantes. 

A tarefa não era fácil, pois o bicho muito ágil, negaceava, além de escorregar demais por causa do sebo. 

Quem conseguia recebia algum prêmio por troféu e por fim o animal ia a leilão pelo bem geral da festa. 

Um leitão se alimenta num cocho artesanal.
Brumado de Cima (São João del-Rei/MG), 2009. 

* Texto e foto: Ulisses Passarelli

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